Dos Tratados de Santo Agostinho, bispo, sobre a Primeira Epístola de São João
Que é que nos foi prometido? Seremos semelhantes a Ele, porque O veremos como Ele é. [...] Toda a vida dum bom cristão é um santo desejo. O que desejas não o vês ainda; mas o desejo torna-te capaz de ser saciado, quando chegar o momento da visão.
Supõe que queres encher uma bolsa e que é muito abundante o que te vão dar; então alargas o saco, ou o odre, ou o que for. Sabendo que era muito o que devias meter lá dentro e reparando que a bolsa é estreita, tens de a alargar, para aumentar a sua capacidade. Assim procede Deus: diferindo a sua promessa, faz aumentar o desejo; e com o desejo, dilata a alma, tornando-a mais apta a receber os seus dons.
Desejemos, irmãos, porque havemos de ser saciados. [...] Esta é a nossa vida: exercitarmo-nos pelo desejo. Pois bem: tanto mais eficaz será este santo desejo, quanto mais nos libertarmos dos desejos que em nós suscita o amor do mundo. [...] Se queres, portanto, encher-te de bens, liberta-te do mal. Supõe que Deus te quer encher de mel: se estás cheio de vinagre, onde deitarás o mel? É preciso esvaziar primeiro o recipiente; é preciso purificá-lo, mesmo com trabalho e sacrifício, para o tornar apto a receber qualquer outra coisa.
Assim como falamos de mel, podíamos falar de ouro ou vinho; de qualquer modo, o que pretendemos significar é uma realidade inefável; essa realidade chama-se Deus. [...] Dilatemos o nosso coração, para que Ele, quando vier, nos encha com a sua bondade.
Que é que nos foi prometido? Seremos semelhantes a Ele, porque O veremos como Ele é. [...] Toda a vida dum bom cristão é um santo desejo. O que desejas não o vês ainda; mas o desejo torna-te capaz de ser saciado, quando chegar o momento da visão.
Supõe que queres encher uma bolsa e que é muito abundante o que te vão dar; então alargas o saco, ou o odre, ou o que for. Sabendo que era muito o que devias meter lá dentro e reparando que a bolsa é estreita, tens de a alargar, para aumentar a sua capacidade. Assim procede Deus: diferindo a sua promessa, faz aumentar o desejo; e com o desejo, dilata a alma, tornando-a mais apta a receber os seus dons.
Desejemos, irmãos, porque havemos de ser saciados. [...] Esta é a nossa vida: exercitarmo-nos pelo desejo. Pois bem: tanto mais eficaz será este santo desejo, quanto mais nos libertarmos dos desejos que em nós suscita o amor do mundo. [...] Se queres, portanto, encher-te de bens, liberta-te do mal. Supõe que Deus te quer encher de mel: se estás cheio de vinagre, onde deitarás o mel? É preciso esvaziar primeiro o recipiente; é preciso purificá-lo, mesmo com trabalho e sacrifício, para o tornar apto a receber qualquer outra coisa.
Assim como falamos de mel, podíamos falar de ouro ou vinho; de qualquer modo, o que pretendemos significar é uma realidade inefável; essa realidade chama-se Deus. [...] Dilatemos o nosso coração, para que Ele, quando vier, nos encha com a sua bondade.
Disponível em: <http://www.news.va/pt>. Acesso feito em: 21/02/2014.
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